Esse site mostra a opinião de outros especialistas sobre o
caso do ônibus:
De acordo com Luiza Nagib Eluf, procuradora de Justiça
aposentada, o suspeito, preso em flagrante, precisaria ser submetido a
tratamento, o que também foi descartado pelo magistrado, já que a imputação a
ele foi dada na condição de contraventor penal, e não criminoso. "Estamos
falando possivelmente de um compulsivo, psicopata, com problemas muito graves e
que, por isso, teria que estar preso ou internado, pois ele, solto, significa
um risco para as mulheres. Considerar esse quadro digno de um contraventor é
injustificável".
Para advogada, "se há contato
físico não consentido, é estupro"
Maíra
Zapater, advogada e doutora em direitos humanos, também repudia a sentença: "Houve
um estupro naquele ônibus. Esse crime abrange não só a conjunção carnal, mas
qualquer ato libidinoso. A questão é que o Código Penal coloca uma
variabilidade de condutas quanto à sua gravidade. É menos grave ejacular sobre
uma pessoa que um estupro coletivo, por exemplo", explicou.
A coordenadora
do Núcleo de Gênero do MP-SP, Valéria Scarance, defendeu: "A análise do
caso concreto compete ao juiz, mas, em princípio, isso foi um estupro
–portanto, deveria ser mantida a prisão do suspeito. Esse é um crime que causa
consequências psicológicas para a vítima e pode causar consequências para a
saúde, dependendo do caso e do risco de contaminação. Fora isso, a reiteração
da conduta já justificaria a prisão para garantir a ordem pública e para evitar
que outras mulheres sejam atacadas"
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